domingo, 27 de março de 2011

Reencontro.

Remava em seu barco há algum tempo rumo ao horizonte. O sol ainda dormia e a lua quase adormecida ainda clareava seu caminho, o vento frio em seu rosto o mantinha desperto, o barulho das águas o mantinham calmo e sua mente parecia flutuar com o vento. Uma tranqüilidade fora do normal reinava nas águas naquela madrugada, e ele remava calmamente.

Uma brisa suave trouxe consigo uma doce paz que invadiu seu corpo enchendo-lhe de uma alegria há muito não sentida. Um sorriso veio-lhe ao resto espontaneamente e lagrimas de satisfação brotaram em suas faces rubras pelo vento gélido. Seu rosto há muito não expressava um sorriso tão sincero e seu coração uma alegria tão pura. Ele soube o que estava acontecendo imediatamente, o encontro tão temido durante tanto tempo parecia agora tão restaurador que ao mesmo tempo satisfeito por tudo o que lhe acontecia estava arrependido por não ter buscado tudo aquilo antes e por tantas vezes ter fugido de tal oportunidade.

Entregou-se completamente àquele sentimento. Seu coração, invadido a principio por alegria e paz, passou repentinamente ao profundo arrependimento. Arrependia-se por se manter longe tanto tempo de tal presença, por se rebelar contra aquele amor incondicional e por ter traído tal amor. E como uma onda que surge ao soprar do vento nascia agora em seu coração algo novo.

Era gratidão.

JoE!